Sunday, October 21, 2007

SERÁ RACISMO OU POBREZA DE ESPÍRITO!!!!




Guineense denuncia acto racista em pleno centro da cidade de BRAGA, ano da graça 2007 Setembro 28.

CASO RELATADO NO JN-Pedro Vila-Chã-Jornalista.


O racismo é crime! Porém, ainda há quem o cometa, de forma gratuita e com total impunidade. Em pleno centro de Braga, uma mãe viu o seu filho ser "arrancado" do baloiço onde brincava, porque o pai de outra criança achou que o seu rebento tinha "mais direitos" que o outro. Por uma questão de pigmentação. Da pele. Djariatú Mané ficou confusa, ofendida e revoltada, porque em parte os insultos racistas e agressões "foram presenciados por dois agentes da PSP, de forma relutante", diz a queixosa. A queixa só foi formalizada 18 dias após as ocorrências.Djariatú Fatú Lopes Mané estava com o filho Rui, de três anos, num parque infantil em pleno centro de Braga, em frente à igreja dos Congregados. Vigiando as brincadeiras do petiz, alarmou-se quando os pais de outra criança forçaram o Rui a sair do baloiço, para que o filho deles ocupasse o equipamento. "Vi o meu filho a ser arrancado pelo senhor, caindo no chão com o lábio superior a sangrar. Corri em auxílio, perguntando o porquê de tal barbaridade. Ele respondeu "O meu filho está no seu país e tem todo o direito de estar no baloiço que o seu filho está a ocupar indevidamente".Djariatú ficou mais perplexa quando a mãe e a avó da outra criança embarcaram no insulto. "Chamaram-me preta, macaca e prosseguiram 'Vai para a tua terra. Estás em Portugal atrás de comida. Em África passavas fome e vivias no mato'", diz a guineense.Djariatú, após ter apodado de "racistas" os agressores, tentou captar as atenções dos transeuntes e de agentes que passavam num carro-patrulha. "Vendo a minha reacção, o agressor, André B., empurrou-me e deu-me ordens para estar calada, enquanto a sua mulher e a sogra me insultavam".O desespero de Djariatú aumentou quando viu o alegado agressor prosseguir nos seus intentos "apesar de agarrado pelos polícias". "O homem tentou agredir-me de novo. Soltou-se dos polícias, empurrando-os e, mostrando-se arrogante, disse que era militar e que não podia ser preso", relata a vítima.Queria apresentar queixa, mas "os polícias mandaram-me calar, aconselhando-me a ir embora. Deixaram partir os agressores sem sequer pedir a identificação. Decidi ficar junto dos polícias até que fizessem alguma coisa. Não agiam e liguei à minha mãe, que veio em meu auxílio", prossegue Djariatú. Foi então que a vítima, acompanhada da mãe e do irmão, foi no encalço dos alegados agressores. "Quando os vimos, a minha mãe pediu-lhes satisfações. O homem respondeu 'Está calada, sua preta'. Então chamámos, novamente, a Polícia, que, já no local, voltou a assistir aos insultos e a nova tentativa de agressão. Só então identificou os agressores ", explica Djariatú.Decidida a formalizar a queixa, foi ao comando da PSP, na Rua dos Falcões. "Quando ia apresentar a queixa, já com outro agente, disseram-me que a identificação dos agressores não constava no registo. Este polícia pediu que voltássemos no dia seguinte, pois então já teria na sua posse o relatório dos factos, redigido pelos colegas. Disseram-me para aguardar em casa a chegada da intimação para depor". Só que os dias passaram e o correio não trazia novidades, até que decidiu ir novamente ao comando da PSP, onde finalmente viu lavrada a queixa. 18 dias depois.

AGORA ATENTEM NO COMUNICADO POLICIAL!


"Envolvidos informados das prerrogativas legais devidas"


Questionado sobre o ocorrido, o Gabinete de Apoio ao Comando PSP/Braga enviou para a nossa redacção a seguinte explicação "Atento o solicitado e lamentando a tendência unilateral colocada nas perguntas a PSP de Braga, informa: A ocorrência verificou-se em 28 de Setembro e teve o adequado tratamento (imediata participação pelos elementos policiais); Porque nada do comunicado foi presenciado pela PSP e porque o relato configura os eventuais crimes de injúrias e de ofensas à integridade física, foram os envolvidos informados das prerrogativas legais devidas (a prossecução criminal dependia de queixa); Só em 15 de Outubro foi exercida essa prerrogativa pela cidadã em causa, cabendo, assim, a demora à própria; As PSP de Braga adoptou e adoptará sempre os procedimentos devidos sem distinções ou descriminações, sejam positivas sejam negativas." [SIC]
EU JÁ COMEÇO A FICAR SEM PALAVRAS PARA EXPRIMIR O QUE SINTO COM CASOS DESTE GÉNERO!COMEÇA A SER AFLITIVO VER GENTES AINDA NESTE ESTÁDIO DE DESENVOLVIMENTO MENTAL E CÍVICO!
SEM COMENTÁRIOS...

7 comments:

Silvia Madureira said...

Isto parece ficção! Não sei se é por estar um pouco melancólica...mas senti vontade de chorar porque imaginei como seria se fosse eu aquela mãe...alguém gostará de ver um filho maltratado? Ainda para mais sem razão? Eu não sei se segurava em mim...os meus nervos iriam aumentar e iria fazer asneiras...não tolero injustiças. Tenho sofrido muitas, como toda a gente, tenho visto muita coisa calada, e chego a um ponto de já não tolerar muito...já tolerei mais a burrice dos outros.

E...isto é a maior injustiça dos tempos...parece ficção pois pensei que só os primitivos agiriam assim e cada vez vejo mais um mundo que desconheço e mete nojo...porco, estúpido, cheio de corrupção, num vale tudo asqueroso e nojento.

Mundo de merda...até porque há brancos que metem nojo com falta de civismo e tive uma aluna preta que era um amor em todos os sentidos...melhor do que eu em termos de carácter e ponho-me a pensar e...se fosse aquela doçura a passar por isso? Super inteligente, compreensiva, com muito respeito...isto é um mundo que olhando para ele me dá vómitos.

Se fosse filho meu...eu faria justiça com as mãos...sei que não é o correcto mas eu fervilho com isto...se se faz amanhã e depois...nunca mais vai acabar esta autêntica merda...se ninguém faz justiça eu faria...

P.S. Desculpe os termos mas fico nervosa.

Um abraço

jotaeme said...

Sílvia Como eu te compreendo! Os termos utilizados são muito "soft", descansa que se fosse eu a falar seria muito pior! Comigo podes expressar todos os sentimentos, é para isso que aqui estamos! E se não formos sensíveis a estes desmandos, como seremos então?
Beijinhos e tem um bom domingo!
Jorge madureira

Madalena said...

Talvez isso fosse trabalho a desenvolver pela igreja Católica que insiste tanto em meter-se onde ninguém a chama e na formação de gentes profundamente ignorantes ( e, quase apostava, católicas praticantes)não se move.
Vivemos aínda num país de analfabetos para quem a pigmentação não significa nada. Muito menos o parecer provado ter o ser humano surgido em África.

Ditar leis não muda as atitudes, como se vê...

bettips said...

Pelas compreensão das palavras de "profundezas" e "superfícies" te agradeço. Um espaço (mais um! e todos somos poucos) aberto à Humanidade, este teu lugar. Lembrei que havia um menino que chamava J (o Jota) a um amigo nas teias que a vida tece e esquevce. Abç

Silvia Madureira said...

Tens uma prendinha para ti no meu blog...não te esqueças do trabalho que te recomendo lá...

beijo

Marta said...

É revoltante e inacreditável que em pleno seculo xxi ainda exista esta pobreza de espirito!

Silvia Madureira said...

se poderes passar no meu blog e ler o último post agradeço e se poderes ajudar...obrigado. beijo