Friday, June 26, 2009

A FINITUDE DA VIDA HUMANA...

Michael Jackson
Farrah Fawcett

Duas personalidades do mundo da música e da 7ª Arte, que desaparecem quase em simultâneo...Viveram de acordo os seus propósitos( digo eu), e partiram... os seres humanos são assim, nascem, vivem e morrem. Por vezes esquecemo-nos desses pormenores!

Thursday, June 25, 2009

AS AVÓS DO MUNDO...


DO POETA ANGOLANO, MÁRIO ANTÓNIO!



Minha avó negra, de panos escuros,
da cor do carvão...
Minha avó negra de panos escuros
que nunca mais deixou...

Andas de luto,
toda és tristeza...
Heroína de ideias,
rompeste com a velha tradição
dos cazumbis, dos quimbandas...

Não xinguilas, no óbito.
Tuas mãos de dedos encarquilhados,
tuas mãos calosas da enxada,
tuas mãos que preparam mimos da Nossa Terra,
quitabas e quifufutilas - ,
tuas mãos, ora tranquilas,
desfilam as contas gastas de um rosário já velho...

Teus olhos perderam o brilho;
e da tua mocidade
só te ficou a saudade
e um colar de missangas...

Avózinha,
as vezes, ouço vozes que te segredam
saudades da tua velha sanzala,
da cubata onde nasceste,
das algazarras dos óbitos,
das tentadoras mentiras do quimbanda,
dos sonhos de alambamento
que supunhas merecer...
E penso que... se pudesses,
talvez revivesses
as velhas tradições!
Poesia com palavras amargo doces, das raízes e origens das quais nunca se devem separar...

Wednesday, June 24, 2009

A minha Herança - BARACK OBAMA

O meu livro de cabeceira nestes últimos dias foi “A minha Herança” de Barack Obama.
Percurso situado de 1995 a 2004 em que faz uma descrição da história da sua família das suas raízes afro-americanas.
Percurso de vida reflectindo nas aparentes contradições de ser um fruto da miscigenação, as suas dúvidas e certezas, o seu olhar perante os modelos civilizacionais que se nos deparam em todo o mundo, os valores em que acreditamos, enfim um livro rico e de leitura obrigatória para todos aqueles que pretendam conhecer e compreender o que nos nossos dias é o “comandante” da nave mais importante, papel que como presidente dos Estados Unidos da América, terá sempre influências nas nossas vidas, na forma global deste planeta Terra a que não podemos ficar indiferentes... Ainda como senador do Illinois,faz esta reflexão entre dois mundos baseados nos conceitos da côr da pele e seus resultados em termos humanisticos, dão-nos uma sensação pertubadora de como se justificam certos conflitos ético religiosos e de civilização!

Tuesday, June 23, 2009

NEDA... NO MORE WORDS...




TRIBUTE TO: Neda Salehi Agha Soltan...

Neda Salehi Agha Soltan




The facts, as we know them, about the 26-year-old whose dying face has become a symbol for Iran's pro-democracy protesters

Neda was born in Tehran, the second of three children
- Her father was a civil servant, her mother a housewife; she had an older and a younger brother
- Studied Islamic philosophy at Azad University in Tehran
- Trained as a tour guide, taking Turkish lessons in the hope of leading trips abroad
- Keen pianist and singer, fond of Persian pop music
- Appreciated the poetry of Iran's Rumi and America's Robert Frost
- Loved to travel, taking package tours to Dubai, Thailand and Turkey
- Was engaged to photojournalist Caspian Makan, 37, whom she met in Turkey two months ago
- Ignored warnings by friends not to take part in pro-democracy protests, saying "Don't worry, it's just one bullet and it's over"
- Shot in the chest at 6.30pm on Saturday as she stood near her friends' car in a traffic jam on Karegar Street, while travelling to a demonstration
- Her last words were "I'm burning! I'm burning", according to her music teacher Hamid Panahi, who was beside her
- She died on the way to Shariati hospital
- Family forbidden from holding a funeral in a mosque, or placing mourning banners outside their apartment in the Tehran Pars district
- Buried in Behesht Zahra cemetery in southern Tehran
- Media blackout imposed in Iran on reporting her death; friends heard of it from relatives abroad
- Video of her last moments filmed by bystanders has become a global phenomenon via Twitter, YouTube and Facebook.
SHAME, it`s what I feels, and ANGER, it`s a heavy tribute for the DEMOCRACY in IRAN

The BLINDNESS of political and religious Leaders in Iran!!! Until when???
shame...shame...!!!!!

Sunday, June 21, 2009

A LOIRA DO REGIME? É CAPAZ É!


LUIS FILIPE MENEZES diz ao jornalista...

Está a falar do combate do Dr. Pacheco Pereira, que o acusa de aparelhismo?

Pacheco Pereira é a loira do regime.

O que é isso?

Não é nada de depreciativo. Quando nos lembramos do "La Dolce Vita", de Fellini, nenhum de nós se lembra do Marcello Mastroianni, mas lembramo-nos da bela sueca a tomar banho na Fontana di Trevi. Cada filme, cada país, cada circunstância, cada momento histórico, tem a sua loira do regime. No nosso momento histórico, o meu companheiro Pacheco Pereira é a loira do regime. Ele só quer centrar todas as atenções nele, independentemente daquilo que esteja em causa. É evidente que a loira do regime é sempre má actriz. Quando se lhe dá um papel importante dá sempre para o torto...

Thursday, June 18, 2009

Partilha...

Se continuas a não querer partilhar comigo os nossos caminhos comuns, senão queres questionar o que eu penso e planeio, como podes desejar um resultado satisfatório?
Estas são questões que muitas e muitas pessoas nos nossos dias atarefados, se dão conta e se recusam a analisar! E bons resultados daqui não virão! Sinais dos tempos! Contradições da era de comunicação por excelência, ou apenas ironia dos comportamentos humanos?

Wednesday, June 17, 2009


Quando os milicianos da Ansar e-Hezbollah, barbudos e de bastões em riste, começaram a atacar a multidão que se concentrava, Anousheh e Babak correram rua abaixo, perdendo-se um do outro no meio do caos. Ela procurou-o sem sucesso nas ruas laterais. Pensou em regressar a casa, mas sabe que o seu irmão mais velho e protector não sairá dali enquanto não a encontrar. Imagina-o deitado na rua, em agonia, ou numa carrinha a caminho da prisão, talvez a de Evin, com a ala de isolamento onde diz que a mãe foi mantida durante sinistros 40 dias, em 2003.
Antes de regressar para o meio da multidão e arriscar ser espancada, decide livrar-se da mochila, que contém uma câmara digital cheia de imagens potencialmente provocatórias de manifestantes a atirar pedras, da carteira carregada de documentos de identificação e dos telemóveis dela e do irmão, com os números de todos os seus contactos. "Podem, por favor, ficar com isto?", pergunta a um grupo de estranhos sentados num carro a observar a revolta. "Preciso de encontrar o meu irmão".
Os desconcertados estranhos ficam com a mochila, abrem-na para ter a certeza de que o conteúdo não é perigoso, e vêem--na regressar para o tumulto, uma figura solitária de casaco bege e um leve lenço verde na cabeça.
A artista gráfica Anousheh é uma improvável activista política. Vive com os pais. Ficou em casa no dia das eleições, ao contrário dos pais e irmão, que votaram em Mir-Houssein Mousavi. Mas ela acredita que Mousavi deveria ter ganho.
Usámos o telemóvel para lhe ligar no domingo de manhã e para lhe dizer que tínhamos a mochila dela. Explica então o que lhe aconteceu depois de nos ter deixado, no sábado à noite. Quando correu para encontrar o irmão, a polícia antimotim gritou-lhe: "Sai daqui ou vamos bater-te, vamos esmagar-te." Ela respondeu: "Vá, batam-me, mas eu tenho à mesma que encontrar o meu irmão."
O cenário era caótico. Havia milicianos barrigudos e de capacete a fazer rodopiar bastões. Polícias de unidades especiais, de uniformes negros, em motorizadas. Havia agentes antimotim. Enquanto navegava entre homens armados, enfrentou insultos e bastonadas, pelo menos cinco, a contar pelas nódoas negras.
Após 90 minutos, Anousheh encontrou o irmão, abrigado na entrada de um edifício, igualmente preocupado e ensanguentado. Mas em vez de irem para casa, diz, regressaram aos protestos, cantando slogans e jogando ao gato e ao rato com a polícia, até às seis da manhã.
"Aprendi com a minha mãe que temos de lutar pelos nossos direitos. Os direitos são uma conquista, não uma dádiva".
Exclusivo PÚBLICO/Los Angeles Times

Sunday, June 14, 2009

SAUDADE, NÃO SAUDOSISMO...ANGOLA 1972 14 DE JUNHO!





14 de Junho de 1972 - Luanda-aterrei no aeroporto ás 07.00 horas e as primeiras
impressões foram muito fortes para mim. Do ar á vista da costa angolana e da cidade capital, a terra vermelha, as longas filas de casas e telhados de zinco, ao pisar o solo pela primeira vez, a baforada de ar quente que nos recebe e que nunca mais esqueci, o cheiro, as pessoas as cores, enfim um espaço muito diferente de Portugal, sem comparação.
O meu sentido do irreal, mas vivo, presente, a primeira exploração da cidade nos seus recantos e segredos, numa busca ansiosa… a “guerra” podia esperar.
Eu e os meus companheiros ainda um pouco aturdidos pelas novidades, parecia-mos um grupo de rapazes em veraneio, com a agitação citadina e os sorrisos das gentes…
A primeira impressão é sempre a que fica e nos marca e eu prometi a mim mesmo, que nunca deixaria de gostar daquela terra, das gentes, dos odores… afinal não permitida pelos ventos da História 2 anos mais tarde…

Mas não esqueci, nem renego nada do que passei ou fiz durante aqueles tempos. Aliás o desejo de voltar permanece o mesmo…a guerra esperou, por isso também posso esperar um pouco mais…digo eu!

Sunday, June 07, 2009

JULIANA AQUINO-OUÇAM ESTA VOZ DESAPARECIDA COM O AVIÃO DA AIR FRANCE...

ELEIÇÕES EUROPEIAS...O 1º AVISO!

No momento que escrevo estas palavras, sinto um misto de esperança e ironia e acho mesmo que para o partido que tem comandado os nossos destinos nos últimos 4 anos uma chamada de atenção forte para que acertem as agulhas para o nosso futuro! Eu no lugar deles assim o faria... e que libertem de vez uma classe de políticos ultrapassados pelos nossos tempos que exigem mais solidariedade e sensibilidade na forma de fazer política, não como modo de vida ,(para muitos), e sim um esforço sempre em prol de uma nação como Portugal que merece um destino melhor...sem dúvidas! A Democracia funcionou!