Hoje falo do médico Filipe Almeida, é pediatra nos Cuidados Intensivos do São João no Porto e dirige o novo Serviço de Humanização deste Hospital.
Entre outros tópicos, ele realça a importância de falar com os doentes tratando-os pelos seus nomes, esttreitando uma relação que além de médica é também pessoal, e dá um exemplo que arrepia só de ler! Aqui fica a minha homenagem a este Médico com "M" grande e transcrevo deste caso citado:
(...)" Lembro-me de uma menina de 5 anos com um tumor maligno grave, metastizado, que estava cega. Quando me ia a despedir dela, agarrou-me a mão.Voltei para trás,"Então Mariana(nome fictício), o que queres de mim?" Agarrou-me mais. Quando me sentei, deixou de fazer força.Entendi que o silêncio é a forma mais forte de comunicar.Ela levantou a mão e percebi que podia ir embora.Nessa noite fui ler Miguel Torga e ouvir o 4º Andamento do Requiem de Fauret até ás 4 da manhã.No dia seguinte fui ter com ela.Tinha morrido nessa noite.(...)
São pessoas como esta que dignificam as suas profissões! Que tenha toda a sorte do mundo!
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