Friday, January 25, 2013

AS PALAVRAS DE ANTÓNIO COSTA...

ESTE MEU TEXTO TRANSCRITO DAS AFIRMAÇÕES QUE ANTÓNIO COSTA, EDIL DE LISBOA, DISSE NO PROGRAMA DA SIC NOTICIAS DE HÁ DIAS...
PARTILHO INTEIRAMENTE O SEU RACICINIO E AFIRMAÇÕES. PORQUE É O QUE EU HÁ
MUITO TENHO COMO CERTO! SÓ A COBARDIA DOS NOSSOS POLITICOS ENCOSTADOS AO TACHO DA GOVERNAÇÃO, FAZEM DE CONTA DE QUE NÃO PASSA NADA!

ASSIM AQUI FICA PARA VOSSA ATENÇÃO:
"Comentadores e analistas políticos não têm a coragem de dizer o que disse António Costa, em menos de 3 minutos, ontem, no programa "quadratura do círculo".
E aqui está textualmente o que ele disse (transcrito manualmente):
(...) A situação a que chegámos não foi uma situação do acaso. A União Europeia financiou durante muitos anos Portugal para Portugal deixar de produzir; não foi só nas pescas, não foi só na agricultura, foi também na indústria, por ex. no têxtil. Nós fomos financiados para desmantelar o têxtil porque a Alemanha queria (a Alemanha e os outros países como a Alemanha) queriam que abríssemos os nossos mercados ao têxtil chinês basicamente porque ao abrir os mercados ao têxtil chinês eles exportavam os teares que produziam, para os chineses produzirem o têxtil que nós deixávamos de produzir.
E portanto, esta ideia de que em Portugal houve aqui um conjunto de pessoas que resolveram viver dos subsídios e de não trabalhar e que viveram acima das suas possibilidades é uma mentira inaceitável.
Nós orientámos os nossos investimentos públicos e privados em função das opções da União Europeia: em função dos fundos comunitários, em função dos subsídios que foram dados e em função do crédito que foi proporcionado. E portanto, houve um comportamento racional dos agentes económicos em função de uma política induzida pela União Europeia. Portanto não é aceitável agora dizer? podemos todos concluir e acho que devemos concluir que errámos, agora eu não aceito que esse erro seja um erro unilateral dos portugueses. Não, esse foi um erro do conjunto da União Europeia e a União Europeia fez essa opção porque a União Europeia entendeu que era altura de acabar com a sua própria indústria e ser simplesmente uma praça financeira. E é isso que estamos a pagar!
A ideia de que os portugueses são responsáveis pela crise, porque andaram a viver acima das suas possibilidades, é um enorme embuste. Esta mentira só é ultrapassada por uma outra. A de que não há alternativa à austeridade, apresentada como um castigo justo, face a hábitos de consumo exagerados. Colossais fraudes. Nem os portugueses merecem castigo, nem a austeridade é inevitável.
Quem viveu muito acima das suas possibilidades nas últimas décadas foi a classe política e os muitos que se alimentaram da enorme manjedoura que é o orçamento do estado. A administração central e local enxameou-se de milhares de "boys", criaram-se institutos inúteis, fundações fraudulentas e empresas municipais fantasma. A este regabofe juntou-se uma epidemia fatal que é a corrupção. Os exemplos sucederam-se. A Expo 98 transformou uma zona degradada numa nova cidade, gerou mais-valias urbanísticas milionárias, mas no final deu prejuízo. Foi ainda o Euro 2004, e a compra dos submarinos, com pagamento de luvas e corrupção provada, mas só na Alemanha. E foram as vigarices de Isaltino Morais, que nunca mais é preso. A que se juntam os casos de Duarte Lima, do BPN e do BPP, as parcerias público-privadas 16 e mais um rol interminável de crimes que depauperaram o erário público. Todos estes negócios e privilégios concedidos a um polvo que, com os seus tentáculos, se alimenta do dinheiro do povo têm responsáveis conhecidos. E têm como consequência os sacrifícios por que hoje passamos.
Enquanto isto, os portugueses têm vivido muito abaixo do nível médio do europeu, não acima das suas possibilidades. Não devemos pois, enquanto povo, ter remorsos pelo estado das contas públicas. Devemos antes exigir a eliminação dos privilégios que nos arruínam. Há que renegociar as parcerias público--privadas, rever os juros da dívida pública, extinguir organismos... Restaure-se um mínimo de seriedade e poupar-se-ão milhões. Sem penalizar os cidadãos.
Não é, assim, culpando e castigando o povo pelos erros da sua classe política que se resolve a crise. Resolve-se combatendo as suas causas, o regabofe e a corrupção. Esta sim, é a única alternativa séria à austeridade a que nos querem condenar e ao assalto fiscal que se anuncia."

Sunday, January 20, 2013

JÁ NÃO HÁ HEROIS...


Lance Amstrong, era para mim um verdadeiro campeão, por todos os motivos que conhecíamos: vencedor  nato nas grandes provas europeias de Ciclismo, em especial o Tour de França. A sua imagem de atleta que sobrevive a um caso de cancro, que o ia colocando do lado de lá,(entenda-se  morte física), grangeou-lhe uma imagem de lutador e vencedor...
Agora finalmente, confessa-se publicamente, afirmando aquilo que outros atletas o já tinham dito: Amstrong, dopava-se regularmente, para vencer a todo o custo nas provas em que tomava parte.
Para mim sendo uma grande desilusão, não me surpreende, porque o ciclismo "corre" muito nestas fronteiras  iníquas da dopagem. Apenas fico triste e perplexo, porque Amstrong, arriscou toda uma carreira e uma imagem desportiva, que nunca mais vai conseguir repôr! Nem que volte a correr e vença sem "doping"!
Eu penso que ele não tem condições para voltar a competir! Para que os outros que andam a pedalar, façam também uma análise de comportamentos, que seja sempre pela verdade desportiva, porque se também andam nessa espiral de aldrabice e batota, então mais vale sairem a tempo!
Como digo em título, já parece não haver herois no Desporto Ciclista! É pena, é lamentável!

Tuesday, January 08, 2013

PORTUGAL, UM PAÍS DO MUNDO…

Outrora defenderia esta tese com orgulho e o amor-próprio de quem se sente português, originário de gerações que se fixaram na Península Ocidental, (dita Ibérica), e que por cá ficaram fazendo e construindo ao longo dos séculos o que hoje se designa ainda por este rectângulo á beira-mar plantado de seu nome Portugal
Não, não é uma lição da História que vos pretendo dar, mas apenas reflectir um pouco sobre o que é sentir, ser Português nos dias de hoje em pleno início do século XXI. Reflexões que me levam a conclusões muito interessantes sobre os sentimentos de portugalidade, em plena eram da Globalização!

No meu caso particular, tirando a estadia “obrigatória” de vinte e sete meses em Angola, na altura nossa província ultramarina, no serviço militar, emigrei para Moçambique em 1981 em trabalho em busca do que pensava ser o melhor para mim e para aminha família, com um trabalho bem remunerado, num pais de que eu gosto, embora tenha sido uma experiencia curta, aconteceu, sendo esta a única, que tive ao longo da minha vida activa. Mas o que me surpreendeu após uma reflexão retrospectiva, foi constatar o seguinte:

O meu Avô Paterno emigrou para a América nos anos 30 do século passado e por lá ficou por vinte e cinco anos, tendo depois regressado Portugal.

O meu Avô Materno fez o mesmo na mesma altura, mas para o Brasil, tendo por lá ficado em definitivo por ter entretanto falecido na cidade maravilhosa do Rio de Janeiro.

O meu Pai, tal como eu, foi mobilizado em 1941 para Angola e por lá esteve no serviço militar por dois anos.

O irmão do meu Pai e meu Padrinho, abalou para a Venezuela, tendo mais tarde nos anos sessenta chamado a família para com ele lá permanecerem por cerca de trinta anos. Um dos seus filhos e meu primo ainda se encontra nas terras do Chávez…

Se for a referir meus Primos, Tios e Tias, posso citar locais como, Iraque, Irão, Holanda, França, Bélgica, Alemanha… onde passaram partes significativas das suas vidas. Uns regressaram. Outros não.
 

Todo este historial familiar para dizer o quê?

Que não é de agora esta vertente emigratória e de movimentações “portugas” para o estrangeiro e mundos já descobertos, (não e de relevar para o caso a nossa saga dos Descobrimentos do século XV em diante), como se fala quase diariamente nos nossos emigrantes nova geração que nos dias de hoje vão aos milhares, “desertando” deste nosso Portugal atarantado á procura das suas novas oportunidades, (não as do Sócrates) e muito justamente, só que saem ainda mais zangados do que os nossos antepassados recentes e afirmando de viva voz a que tão cedo não regressam a Portugal!

São estes dilemas que se colocam aos nossos Cidadãos, jovens e menos jovens!

Que políticos temos nós e que governantes são, que nos induzem a sair?

 Que  ética eles revelam, pela sua falta de eficácia nas sua políticas governativas que nos ajudem a fazer do nosso Pais um local onde se possa viver com gosto?

Será que não se preocupam estes sinais? Parece que não. Mas eu acho que deveriam sim preocupar-se e muito, com esta autentica sangria de recursos humanos e a maioria bem preparados em termos intelectuais. Com muita massa crítica e formados com o nosso dinheiro, ou seja dos Contribuintes portugueses, (aqueles que o fazem de verdade).

A mim causa-me uma certa amargura ver este cenário! Iremos ainda a tempo de equilibrar este fluxo de gente? Tenho dúvidas e oxalá me engane!

Friday, January 04, 2013

ESTE PAÍS NÃO É PARA VELHOS… NEM PARA JOVENS, VERSÃO DO P.P.C.


Por muitas voltas que se deiam, qualquer cidadão avisado e consciente, sente-se incomodado, enojado, com este caminhar das coisas cá no burgo português (ainda).

Os outros que preferem ignorar, fazer de conta que “no passa nada”, vão (sobre) vivendo na ilusão de que o temporal irá terminar, ou então que nunca aconteceu.

A estes últimos relembro que os tempos não estão para a demissão das nossas responsabilidades cívicas. Eu estou pronto para tudo. Para a paz ou para a guerra!

Dou um exemplo: após as tropelias feita pelo Governo no ano 2012,”confiscando”; (para não dizer outra palavra mais desagradável), as remunerações devidas aos Funcionários Públicos e Pensionistas, deste País mudo e quedo, e que foi que fez o TC?

Consideraram o acto anticonstitucional, mas ao mesmo tempo, como fez Pilatos com Jesus Cristo, lavaram as suas mãos e decretaram para 2012, (que não podia fazer nada pelo motivo da paz social e politica)!

Entre a raiva a decepção tivemos de engolir estas doutas palavras. O que fez o Governo e o seu PM? Afirmou logo de seguida que se não fosse desta maneira haveriam de arranjar outra para sacar os dinheiros dos Cidadãos!

E cá estão eles os nossos (in) governantes, outra vez no O.E. de 2013 a repetirem a graça com ligeiras alterações, abrangendo agora os Privados, numa “aparente” equidade de esforços a bem na Nação, como se dizia no tempo do Salazarismo! Desta vez o PR Cavaco enviou para o TC, após a sua promulgação (?), o OE, para o Tribunal Constitucional, para uma fiscalização sucessiva e em especial nas três alíneas que versam mesma matéria do defunto ano de 2012.

O que acham que vai acontecer? O TC, vai repetir a receita de 2012. Não vai haver coragem para que a decisão mais justa, que seria impedir de vez o roubo aos Cidadãos das suas remunerações, (sejam salários ou pensões), aconteça o que acontecer e em nome do equilíbrio das contas públicas e da Paz Social, vai aceitar este esbulho quase criminoso.

Por isso é que eu digo que devíamos andar zangados, revoltados e prontos para enfrentar mudanças fortes neste Portugal de faz de conta.

E é só esperar uns tempos até o TC ditar a sua sentença ou parecer, para se iniciar um ciclo de lutas pelos direitos de cada português. Estarei pronto para aplaudir ou vaiar o que acontecer. A ver vamos…
 

Thursday, January 03, 2013

A MINHA OPINIÃO COMO EX-COMBATENTE SOBRE O PROGRAMA “A GUERRA”, DA RTP1


Às quartas-feiras, no horário nobre, recomeça na RTP1, o programa de Joaquim Furtado, “A Guerra”, de seu nome, que analisa em retrospectiva o que foram os bastidores desconhecidos dos múltiplos intervenientes na saga das guerras coloniais nos três espaços, ou seja, Angola, Moçambique e Guiné.

O episódio de ontem versou e focou o papel da Igreja e dos seus evangelizadores no terreno em Moçambique. Nas suas variantes e estilos de espalharem os princípios do Cristianismo, ouvi com muita atenção e interesse do princípio ao fim as teses e opiniões daqueles que deram cara, sem medos, testemunhando situações e realidades que ficavam fora do alcance do cidadão comum na época e até em muitas situações, aos nossos dias…

O período em análise, baliza os anos de 1971 a 1974, (até á eclosão do 25 de Abril), no território de Moçambique e do esforço da Igreja na tentativa de apaziguar o conflito, por um lado no contacto com os “guerrilheiros”, ouvindo-os, ajudando-os em termos logísticos, (alimentação, medicamentos) e estabelecendo algumas ligações com base ma mensagem da fraternidade Cristã e no respeito da Vida Humana.

Por outro lado a sua ligação ao regime colonial português. Trazia-lhes uma responsabilidade acrescida. Foi na verdade uma força muito influente que conviveu de modo muito difícil com o conflito…

A outra vertente focada foi a violência exercida sobre os guerrilheiros aprisionados e a populações com que estes viviam, (a cargo das DGS/PIDE). Todos os intervenientes na guerra, sabiam ou adivinhavam situações inadmissíveis em termos dos Direitos Humanos de parte a parte. Era o lado negro e obscuro da guerra e com a o qual ninguém aceitava mas conviviam por omissão e pressões psicológicas dos cenários de combate…

Os testemunhos ouvidos foram claros e assertivos e pareceram-me fidedignos de ambos os lados, embora de visões diferentes.

Reforçam o ponto de vista de muitos intervenientes mais responsáveis que para a solução de carácter político que teria de ser a mais lógica e equilibrada, assente na justeza e dignidade dos dois lados da contenda…

Vista nestas vertentes e por testemunhos reais, todas estas situações não nos devem manter animosidades que já pertencem a um passado que se quer resolvido e enfrentar agora no presente, os nossos desafios comuns rumo ao futuro…na Lusofonia, sem fantasmas assumindo todos Nós, um pouco a parte que nos compete…

Tuesday, January 01, 2013

ANO NOVO 2013, VIDA RENOVADA!



É uma data simbólica mas muito forte e impressiva, para quase todos nós seres humanos. Serve de contagem para muitas finalidades, mas em especial para o nosso tempo terreno, que todos desejamos longo e em bom usufruto.

Depois há aqueles que fazem deste dia o seu início da corrida que é viver, ou seja, o seu aniversário. Era o caso da minha Mãe Laura de seu nome e que e se estivesse entre Nós, faria a linda idade de 91 anos de idade.

Além desta lembrança, outra há que relacionado com a anterior, me marcou muito e relembro sempre a cada instante. Foi no dia destes, primeiro do ano que em simultâneo, a minha Mãe fazia anos e ao mesmo tempo se encerrava o ciclo de Vida de uma minha irmã, Adelaide de seu nome, única Mulher de quatro irmãos e que na altura penso que foi uma dor muito violenta para a minha Mãe, que nunca mais se recompôs desta perda da sua filha na flor da idade, aos 36 anos, deixando ainda o seu marido e as três filhas em pranto!

Estas são as minhas lembranças que me alertam que é necessário continuar a lutar pela Vida, enfrentar as adversidades que sempre se nos vão deparar, constatar que situações óptimas nunca irão perdurar, e que é desta luta que nos vamos fortificando…desistir é que nunca!

Vamos então enfrentar mais esta etapa, para que pelo menos, se não chegarmos em primeiro lugar, consigamos estar no pelotão dos que amam a Vida, prontos para a etapa seguinte!