Já em tempos aflorei esta questão tão importante do que deve
ser o Ensino na Escola Pública e por
oposição o Ensino nas Escolas e Universidades Privadas.
De um lado defensor acérrimo do acesso livre e
tendencialmente gratuito de todos os que procurem a aquisição de novas
competências, mesmo em idade adulta, (refiro-me a todos aqueles que por esta ou
aquela razão, não puderam concretizar a Escolaridade básica, do 9º e 12ºs
Anos), não entendo o retirar cada vez mais visível, do papel das Escolas
Públicas e repticiamente a procurar favorecer os Estabelecimentos Privados de
Ensino. Seja em acordos e parcerias, alegando a falta de resposta nesses locais
do M.E., seja de uma forma assumida
e sustentada em melhores resultados de Aprendizagem, Nuno Crato parece estar a
ceder a esses interesses que visam apenas o vender de serviços para obtenção de
lucros financeiros!
As Escolas Privadas existem para isso, não contesto, o que
reprovo é o favorecimento que pretendem em igualdade de circunstâncias com o
Ensino Público! Eu sempre vi o sector Privado e o sector Público como
diferentes e opostos, competindo nos Mercados das suas especialidades, mas sem
ajudas financeiras meio escondidas e camufladas em protocolos, parcerias,
sempre na mira do dinheiro Público.
As Escolas e
Universidades Privadas querem concorrer no Sistema de Ensino, muito bem,
sustentem-se a si próprias recebendo daqueles que podem pagar os seus serviços!
Mais nada.
E deixar á Escola Pública a possibilidade de todos aqueles,
(e é a grande maioria) que sem posses financeiras, querem os seus filhos
formados com uma Instrução satisfatória, para poderem enfrentar os desafios das
suas vidas e mercados de Trabalho.
A mesma visão para os verdadeiros atores do Ensino,
disciplinando a sua atuação, ou seja, os Professores
devem ser acarinhados e apoiados, em especial na faceta da exclusividade no
local de Ensino. Não permitir que professores atuem em simultâneo nas Escolas
Públicas e Privadas. O que a prática dessa filosofia nos diz, é que o seu
desempenho é diferenciado nos seus graus de exigências e obrigações, criando
situações injustas de aprendizagem para os alunos do setor Público. Depois
mostram ufanos os rankings passando um atestado de incompetência aos atores do
Ensino Público! Como se fosse o mesmo que competir em F1 com um carro tipo Fiat
600, ao lado de um Maserati de alta cilindrada! Ora bolas…
Eu que nem simpatizo por aí além com Mário Nogueira, nestas
questões começo a pensar que ele tem razão…o que é mau indicador!
Sr. Nuno Crato,
vamos lá a mostrar serviço e acabar com estas indefinições e trazer paz e
competência ao seu Ministério e ao ensino Público em especial!
1 comment:
Confirmando os meus receios, esta história do "Cheque-Ensino", que Nuno Crato inventou, vai ser mais um empurrão no Ensino Público, porque só um cérebro irrealista está convencido do beneficio desta medida para os "pobrezinhos" terem acesso ao ensino privado e a obtenção de melhores resultados escolares! E o resto snr Ministro, Crato?
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