JUSTIÇA POPULAR?AGORA É MODA?
“Durante o seu mandato, Dalila Rodrigues, conseguiu quadruplicar as receitas próprias do museu em mais de um milhăo de euros em 2006, contra pouco mais de 250 mil em 2003) e aumentar a sua frequęncia em 86 por cento. Esta contabilidade, que deu um novo vigor ao mais importante museu nacional, deveria ser um exemplo que o ministério deveria cuidar para que fosse copiado por responsáveis de outras instituiçőes culturais. Mas aquilo que a ministra fez foi rejeitar este esforço por duas vezes. Primeiro, ao aprovar uma nova lei orgânica que trata um museu como o de Arte Antiga com a mesma lógica burocrática que qualquer outro pequeno museu, sem lhe dar autonomia ou sequer a possibilidade de que as receitas próprias que gera revertam directamente a seu favor. Segundo, ao afastar quem com competęncia tinha sabido gerar uma nova dinâmica no MNAA. Acresce que na base da demissăo estăo as discordâncias públicas que Dalila Rodrigues achou por bem manifestar sobre uma lei que ia regular a área onde trabalha. Um exemplo de participaçăo cívica que, em democracia, nunca deveria servir de impedimento para alguém continuar a exercer as suas funçőes, desde que achasse que para isso tinha condiçőes. Infelizmente, ontem, com Dalila Rodrigues a continuar a dar a cara pelas suas razőes e ninguém do ministério a assumir publicamente as suas, percebe-se bem a saúde que ainda vai faltando á nossa vida democrática.”
MAS SEJAMOS COERENTES: PORQUĘ SÓ AGORA ESTA DENÚNCIA DE ARBITARIEDADES SOBRE PESSOAS E O SEU TRABALHO?
E DEPOIS A MANEIRA QUASE PATÉTICA DE COMO OS INTERESSADOS SE DEIXAM MANIPULAR FICANDO QUASE SEMPRE EM SITUAÇĂO MAIS DESFAVORÁVEL?
SERÁ QUE IREMOS AGORA QUASE DIÁRIAMENTE, FICAR A ASSISTIR A ESTES JULGAMENTOS NA PRAÇA PÚBLICA DE PESSOAS E CARGOS NOS SEUS EMPREGOS? SERÁ JUSTO PARA TODOS AQUELES QUE DIÁRIAMENTE LABUTAM CONTRA AS SUAS DIFICULDADES E NÃO TÊM ESTAS “AJUDAS”?
OU SERÁ BEM MAIS SENSATO, DEIXAR QUE OS ASSUNTOS SE RESOLVAM NAS ENTIDADES QUE PARA ISSO ESTÃO VOCACIONADAS?
Este caso da directora do Museu de Arte Antiga, Dalila Rodrigues e o posterior tratamento que a Comunicaçăo social lhe deu, com a cobertura mediática que se viu, leva-me a perguntar: Porquę năo tratar de igual modo centenas de trabalhadores do público e privado que diariamente săo vítimas de descriminaçăo nos seus locais de trabalho pelos seus "responsáveis" hierárquicos, sem que tal venha a conhecimento da opiniăo pública?
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