O Ministério da Educação prevê a atribuição de um prémio de 500 euros aos melhores alunos do ensino secundário, já no próximo dia 12 de Setembro. Esta tendência, porém, está a preocupar os especialistas na área da Educação, que se mostram receosos quanto aos efeitos que esta importação do modelo empresarial para as escolas poderá ter no desenvolvimento dos alunos."Tudo isto é uma deturpação dos valores que a escola deve passar e que devem ir no sentido de criar cidadãos conscientes e intervenientes na sociedade porque querem ser felizes. E isto não se faz pondo as crianças a cumprir tarefas a troco de dinheiro", considera a psicóloga Rita Xarepe, para quem "é errado pensar-se que os miúdos não são melhores alunos porque não querem e que passarão a sê-lo a troco de dinheiro". A partir da experiência que decorre em Nova Iorque e que abrange crianças dos oito aos 11 anos de idade, muitas das quais provenientes de meios marcados por fenómenos como o abandono escolar e a exclusão social, Rita Xarepe diz temer também os efeitos que tal prática terá na relação das crianças com a família. "Imagine a pressão de uma família sobre uma criança que deve ir à escola e ganhar dinheiro: já não lhe basta sentir que não é boa aluna e ainda tem que sentir que não está a levar dinheiro para casa e que a responsabilidade é dela."
Pois é isto mesmo que me passa pela mente! Como se já não fosse difícil estudar e ter como alvo bons patamares de desempenho,tendo em conta de que nem todos possuem os meios iguais em termos de ajuda familiar, vamos fazer que mais um complexo de culpa atinja os nossos jovens caso não "tragam" dinheiro para casa!
Lindo não haja dúvida!
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