Tuesday, January 24, 2012

OS FILHOS QUE QUEREMOS...



Há um bom par de anos atrás, "ter" filhos era uma situação normal para quase todos os casais que não se preocupavam muito com as medidas anticoncepcionais, esperando apenas que a vontade de Deus se manifestasse, para a ocasião mais propícia. Três, quatro, cinco, por aí, mais ou menos, as famílias iam-se procriando e alargando e as taxas de natalidade mantinham-se em níveis que estava assegurada a continuação da espécie. Nos tempos mais recentes já não é assim, com uma nova mentalidade de sustento e criação dos descendentes, novos hábitos de vida dos pais em termos lúdicos e de carreira profissional, os descendentes nesta Europa Ocidental e Oriental, passaram a ser uma espécie em vias de extinção! Um, o máximo dois, são estes os números mais salientes que vão constando para a estatística e sofrivelmente para o "rácio", 2.2, que assegura a nossa continuidade! Que consequências terão para o futuro europeu, não serão nada boas, não, mas esperemos que haja uma reversão destes comportamentos familiares. Outra vertente que assinalo aqui é o problema da adopção de crianças por casais inférteis, que se lançam numa luta titânica e muitas vezes complicada para darem uma oportunidade a eles próprios e a um ser que por motivos vários, não teve a sorte de possuir uns Pais que os quisessem ou pudessem criar... casos há que recorrem a países onde a fecundidade é elevada, (S.Tomé e Príncipe, por exemplo) e mesmo assim as barreiras para concluírem o processo adoptivo, são tremendas!


Por todas estas razões não é fácil nos dias de hoje criar filhos! Mudanças globais muito acentuadas em termos económico-sociais, fazem pensar no seu futuro mais atribulado, mais difícil na Educação e no Emprego, na sua sustentabilidade e autonomia, constituindo para os Pais um peso contínuo até idades tardias, coisa que não acontecia no passado!

Não sendo fácil criar filhos, só temos que lhes desejar toda a sorte do mundo e claro está, nas horas mais ingratas, permanecer por perto, ou pelo menos com disponibilidade se necessário...porque não tenhamos dúvidas, os desafios para eles são enormes!


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