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O mesmo espaço nos dias de hoje!Há que melhorar a auto estima...
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Esta era a marginal da cidade e com espaços bonitos bem cuidados... 1973.
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Vista aérea da estação caminho de ferro de Moçâmedes (Namibe), onde saí naquela manhã de Julho 1973.
(continuação)
Viajei numa carruagem que era equivalente a 2ª classe(era um comboio de mercadorias), mas que suportei perfeitamente! Afinal de contas planeava dormir toda a noite, já que não podia desfrutar da paisagem! Não foram muitos os passageiros que entravam e saíam, pelo que acabei por passar mesmo pelas brasas sentindo apenas as muitas paragens até Moçâmedes!
Onde chegamos pela manhã (9 horas).
Como tinha a minha ligação para a última etapa marcada só para a tarde até Porto Alexandre, procurei um hotel para tomar um banho refrescar-me e dar uma volta pela cidade até aquela hora. Fui a um hotel perto da orla marítima e pedi um quarto apenas até ao fim da manhã e almoço. Surpreendentemente o empregado da recepção permitiu que eu tomasse banho e com almoço a um preço quase simbólico! (a minha boa estrela continuava…) a ter de pagar a diária completa! Como tinha uma bolha no pé, fruto de calçado apertado, depois do banho, tive de ir passear um pouco pela cidade de chinelos de praia! Moçãmedes pareceu-me uma cidade muito acolhedora e com zonas ajardinadas, bem cuidadas. No almoço no restaurante do hotel, fui para a mesa de chinelos de praia e sob os olhares das pessoas nas outras mesas, vestidas a preceito…enfim senti-me uma ave rara!
Depois de mais umas voltas a ver a cidade levantei a meu saco com as minhas roupas e abalei para o autocarro que me levaria na parte final até Porto Alexandre, onde tinha (finalmente) alguém á minha espera! Era uma amiga (minha correspondente de guerra) e que me tinha convidado alá ir passar uns dias e com a sua família. Resta dizer que era uma bonita mulher de raça negra! Um pormenor curioso é a configuração da estrada entre Moçâmedes e Porto Alexandre: São pouco mais de 100 kms, mas praticamente em linha recta! Só ao fim dos primeiros 45 kms a estrada fazia uma curva lançada mas sem qualquer razão aparente, pois o terreno é em pleno deserto sem obstáculos, Perguntei ao motorista a razão daquele desvio e ele disse-me que era apenas para quebrar a monotonia aos condutores, para que não se despistassem por falta de estímulos sensoriais á refracção da luz solar do deserto!
(continua)
3 comments:
Isto promete...quando me falou na correspondente de guerra até já imaginei um futuro romance e ...
depois tem cenas muito caricatas...a dos chinelos de praia tem a sua graça mas para si naquele momento com a bolha...não devia ter dado muita piada.
um abraço
Uauuu
Essa da Ave rara matou-me:))))
E cá fico á espera da continuação
Beijo... em ti
(*)
PS: as fotos estão lindas!!
Obrigada pela partilha.Ando a ver se aprendo mais umas coisinhas sobre Angola.
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